quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Cisne Negro (Black Swan) 2010

      Vocês votaram e escolheram e eu (um tanto relutantemente) estou agora escrevendo minha visão desse já tão comentado filme:


Filme: Cisne Negro (Black Swan) 2010
Elenco: Natalie Portman, Vincent Cassel, Mila Kunis
Direção: Darren Aronofsky
Avaliação: Brilhante e Perturbador.

















      Nina é uma bailarina delicada e perfeccionista. Quando Beth MacIntyre se aposenta, ela tem a chance de brilhar como novo rosto da companhia. Ela tem a chance de interpretar a Rainha dos Cisnes, na releitura do balé Lago dos Cisnes. Mas para conseguir o papel ela deve também conseguir interpretar o Cisne Negro, que usa movimentos imprecisos, maliciosos e sensuais.

      Natalie Portman! Sim, sei que estão cansados de ouvir isso, mas não teria sentido fazer uma crítica sobre o filme sem elogiar sua excelente atuação, já que ele aposta tudo nela. E ela faz um trabalho realmente primoroso. Sua entrega à Nina é total! Só por isso já valeria a pena assistir.

      Quando digo que reluto em escrever sobre o filme, é porque o achei perturbador, e quando digo que achei perturbador eu me refiro ao fato de entrarmos na mente de uma pessoa que está figurativamente (embora às vezes pareça ser literalmente) rachando.


      Eu interpretei o filme da seguinte forma: Nina é reprimida por sua mãe controladora. A repressão, embora aparentemente controlada, acaba "irritando" seu ID. Ao mesmo tempo em que Nina tenta manter-se inteira e sob controle, ela é pressionada pelo seu diretor artístico a fazer o contrário, a se soltar, se deixar levar. Imagine uma pessoa que viveu a vida toda presa e de repente tem a chance de se libertar. Nina, na minha opinião, não sabe lidar com esse seu outro lado, que começa a controlá-la.

      Misture a isso seu desejo de grandeza, que também estava cuidadosamente maquiado por baixo de seu jeito modesto e acanhado. Nina me pareceu uma pessoa instável, que vivia lutando para se manter equilibrada, até que é empurrada. Neste simples empurrão (que eu imaginei) ela conhece seu voo, seu momento de glória. Depois, o mundo chama de volta à realidade: a queda.

      Daí podemos tirar algumas conclusões e mais umas trocentas perguntas, sobre a natureza autodestrutiva dos artistas em geral. Seu sacrifício, sua entrega e loucura, e tantas outras coisas, as quais não discutirei neste post. Muito embora eu provavelmente não vá voltar a assistir, recomendo a quem não assistiu ainda, alugue e assista, e tire suas conclusões.

6 comentários:

  1. Loucura é não assisti-lo: imperdível! Um dos melhores trabalhos da protagonista em papel delicado de determinação.

    abraço

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    1. Natalie Portman fez uma belíssima atuação, realmente!

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  2. Não acredito que ainda não vi esse filme. Vou aproveitar o carnaval para assisti-lo. rs
    Quando vê-lo, volto aqui. rsrs

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    1. Veja e volte para dizer o que achou! Vale a pena assistir
      =D

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  3. Já assistiu "Perfect Blue", anime japonês de um falecido cineasta chamado Satoshi Kon? Moça, você ficará chocada ao ver as semelhanças com a fita de Aronofsky (inclusive com Réquiem Para Um Sonho) e certamente muito mais perturbada. Procure. Recomendo.

    Bjs.

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    1. Aaaah! Ainda não vi. Não posso prometer que irei assistir, já que a faculdade vai começar e terei menos tempo! Mas valeu pela dica!
      Abraço

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