Fime: O Homen da Máscara de Ferro (The Man In The Iron Mask) 1998
Elenco: Leonardo DiCaprio, John Malkovich, Jeremy Irons, Gabriel Byrne, Gérard Depardieu
Diretor: Randall Wallace
Avaliação: Bom!
No século XVII o tirano Luís XIV governa a França de forma egoísta e cruel. Seu descaso para com a população faminta e seus gastos excessivos com a nobreza culminam em revoltas do povo francês. Diante desse quadro, os três mosqueteiros, agora aposentados, se unem através de um plano de Aramis para restaurar a paz. Para isso eles precisam libertar um misterioso prisioneiro da Bastilha, que é obrigado a usar uma máscara de ferro para esconder as feições.
O filme é interessante, sem dúvida. DiCaprio atuou lindamente como Luís XIV, embora eu tenha achado o papel de Philipe um tanto forçado, talvez para ressaltar a diferença entre ambos. Como se ver Leo em sua melhor forma e quando ele ainda tinha os olhinhos redondos não bastasse, ainda temos nossos queridos mosqueteiros de volta nessa "continuação".
Embora o filme seja uma espécie de continuação, falha em alguns elementos essenciais. Também há a briga entre D'Artagnan e seus melhores amigos ex-mosquereiros que, embora seja interessante, achei que teria sido melhor (e muitíssimo menos melodramático) se a causa fosse realmente sua fidelidade ao trono da frança. Porém a conclusão é que D'Artagnan é o verdadeiro pai de Luís XIV, já que vive um romance secreto com a rainha, o que não apenas mancha a história francesa como também contradiz a própria história dos mosqueteiros.
Também há, é claro, o final bobo de contos de fadas com o rei bonzinho substituindo o malvado, consertando toda a França, alimentando seu povo e sendo amado por todos. Isso só pode ser algum tipo de ironia do diretor, já que Luis XIV foi um notório absolutista até o fim da vida.
Nota: Fato interessante é que o prisioneiro da máscara de ferro realmente existiu. Havia de fato um preso obrigado a essa estranha tortura, que ficou aos cuidados expressos do Sr. De Saint-Mars, diretor da prisão de Pignerol, e, conforme este era chamada a dirigir outras prisões, o prisioneiro acompanhava-o e era mantido longe dos outros, tinha somente um carcereiro e não havia qualquer registro de sua prisão. Apesar disso era tratado com muito respeito e gentileza. Embora a máscara tornasse impossível qualquer descrição precisa, presumia-se, ainda que subjetivamente, pela agilidade dos movimentos e pelos modos, tratar-se de um jovem da nobreza.
Claro que, mesmo para aquele tempo o prisioneiro era incomum e gerou muitas especulações e teorias sobre sua origem, e uma delas é a de que ele seria de fato irmão gêmeo do rei Luís XIV.
O filme consegue ser interessante e agradável. Apesar das falhas, os personagens são cativantes e a trama é envolvente. E mesmo sabendo que a maioria das pessoas já até viu o filme, eu diria que é um filme que vale a pena ver de novo.
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