quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Uma Garota Encantada (Ella Enchanted) 2004

      Domingo à noite, preguiça, insônia... deu nisso


Filme: Uma Garota Encantada (Ella Enchanted) 2004
Elenco: Anne Hathaway, Hugh Dancy, Cary Elwes
Diretor: Tommy O'Haver
Avaliação: De tão tosco é engraçado.

















      Quando nasceu, Ella recebeu de uma fada o dom da obediência e é incapaz de ignorar uma ordem. Sua irmã postiça Hattie não tarda a notar isso, e faz o que pode para infernizar sua vida. Depois de ser obrigada a brigar com a melhor amiga, Ella decide que é hora de se livrar da maldição e parte em busca da fada que lhe deu o dom. No caminho ela encontra o príncipe Charmont, por quem se apaixona.

      Ai, ai... por onde começar? O filme é uma adaptação do livro homônimo de Gail Carson Levine, que, depois de ler o livro, imagino que seja um homossexual frustrado. O livro dele nada mais é do que a história da Cinderella incrementada com todo tipo de bizarrices. Leitora compulsiva que sou, me senti obrigada a ler o livro todo. E doeu. O livro é uma mistura maluca e inconsistente de histórias, seres míticos, feitiços e ainda de rebeldia, o básico da garota que é diferente das outras e por isso acaba chamando a atenção do galã da história.

      Deixando o livro de lado e voltando para o filme. Bem, o filme foi criticado por ter alterado tanto o enredo do livro que não seria uma adaptação deste, mas uma produção independente. Ainda bem para o filme. Acho que é a primeira vez que considero um filme melhor que o seu livro correspondente.

      A atuação de Anne é sofrível. O príncipe é um desastre, e consegue ser ainda mais inexpressivo do que a mocinha. Na adaptação ele é um tipo de celebridade, desejado por todas as meninas e tem até fã-clube, mas não gosta disso. As situações são óbvias, e algumas vezes randômicas, como o contato que eles tem com as outras raças mágicas, que são escravizadas pelo tio de Charmont, Edgar (personagem inserido no filme). O filme tenta criar uma situação política, mas é rasa e sem fundamento concreto, resumindo-se ao tio malvado que escraviza todo mundo, e a criaturas mágicas (como gigantes!) que se submetem docilmente ao tratamento. Menos os ogros, que reagiram a isso comendo quem aparecesse.

   

 Apesar de tudo isso, ou eu deveria dizer por causa de tudo isso, o filme consegue ser engraçado. Isso me fez pensar seriamente se o filme não foi feito assim de propósito, com a atuação ruim e tudo o mais. No fim, incrivelmente não saí com uma sensação de ter visto um filme ruim, mas sim um filme engraçado. Esse é um filme pra quem achar que vale a pena assistir.

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