segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Os Miseráveis (Les Misérables) 1998

     Quem nunca leu o famoso romance de Victor Hugo, pelo menos já ouviu falar. No embalo da próxima versão cinematográfica do mesmo, que está previsto para estrear aqui dia 01 de fevereiro (mal posso esperar!) e com o espírito de amenizar um tantinho a sensação da espera que eu resolvi assistir ao filme anterior:


Filme: Os Miseráveis (Les Misérables) 1998
Elenco: Liam Neeson, Uma Thurman, Geoffrey Rush, Claire Dannes.
Direção: Bille August
Avaliação: Fraco.
















       Confiando sempre no calibre dos meus leitores, não vou perder meu tempo realmente esboçando um sinopse (elas me dão dor de cabeça, desde que eu não copio de outros sites). Somente para que não fique nenhum pontinho solto vou refrescar a memória de vocês.

       Jean Valjean passa 19 anos preso por roubar um pão. Um bispo o ajuda quando ele mais precisa. Ele fica rico e muito bondoso. Um oficial fanático começa a perseguir ele. Ele ajuda a uma prostituta à beira da morte. O oficial doido confunde outra pessoa com ele e o prende. A prostituta pede para ele trazer a filha dela de volta. Ele vai no julgamento do homem que foi confundido com ele e conta a verdade. A prostituta morre. Ele foge para recuperar a menina.

      Em primeiro lugar, queria dizer que estava predisposta a gostar do filme, já que gosto muitíssimo do livro. Além de eu não ter achado a adaptação muito boa, achei os atores horrivelmente inexpressivos. Sim, porque a história é um drama, do tipo que tem potencial pra fazer você derramar uma boa quantidade de lágrimas e no entanto eu -logo eu que sou uma chorona incorrigível- não me senti inclinada a derramar nem umazinha.

   
      Porque? Eu realmente não sei. Tirando Claire Dannes, a amável Cosette, todos atuaram bem. Mas um bem sem paixão, com exceção, talvez, de Uma Thurman. Eu esperava que Valjean fosse sereno, mas numa fase posterior. Eu esperava quem sabe, sentir um pouco de sua angústia quando se encontrava na prisão, ou assim que saiu. Uma pessoa que passa 19 anos presa por causa de um pão deve sentir muita revolta. Faltou talvez transparecer o seu conflito interno ao roubar o bispo, que foi tão bom com ele quando ele mais precisou, entre a gratidão e a necessidade.



      Uma Thurman até que se saiu bem no papel de mãe dedicada, quase que obcecada pela filha. É possível sentir seu desespero, até certo ponto. Mas até mesmo esse desespero ficou um tanto raso demais para o meu gosto. Faltou um pouco mais de desgosto, um pouco mais de nojo de si mesma, faltou um pouco mais de emoção para realmente sentirmos pena dela. Afinal ela é uma mulher que raspa a cabeça, arranca os dentes e se prostitui, tudo para sustentar a filha que já não vê a muito tempo. Acho que talvez Thurman relutou em raspar a cabeça, ou também que acharam que sua imagem sem os dentes causaria alguma repulsão. E eu digo, a ideia é essa mesmo! O nome do filme fala por si só.

      Javert... bem. Não o imaginei assim. Eu imaginei um homem, vindo de uma família degradada, se esforçando ao máximo para fugir disso, para se desassociar dessa imagem que ele considera repulsiva. Um homem tão desesperado por isso que acaba pendendo para outro lado, virando um fanático, obcecado, sério e desagradável. O filme passa essa impressão mais ou menos, mas transformando Javert em uma espécie de cricri sem emoções, enquanto que eu o teria pintado um translouco.

      Cosette... sem salvação, tanto criança como adulta.

      Talvez eu esteja sendo chata , talvez não tenha compreendido a ideia direito. Talvez esteja esperando demais. Não sei descrever precisamente o que me incomodou tanto no filme, só sei que esperava muito mais. O achei desprovido da emoção que deveria transparecer, embora fora isso o filme seja bom. Então, estou em um impasse: o filme é bom? Eu recomendo? É ruim? Depois de pensar um pouco (só um pouco, já é 1h da manhã) eu decidi que o filme não é ruim, mas não recomendo.



8 comentários:

  1. Olá Nani muito obrigado pela sua visita no Cinema Rodrigo. Eis um filme que até tenho gosto de assistir, um elenco bom, mas faz um tempo que não revejo. Acho que vou detestar este musical do superestimado Tom Hooper. A obra de Hugo é um clássico da literatura, não há dúvidas, tão famoso como a torta de maça, mas acredito que a versão musical é para ser apreciada no palco. No cinema deve irritar, visto isso só pelo trailer.

    Vou linkar seu blog em meu blogroll para fixar por dentro das atualizações ;)

    Bjs.

    Rodrigo
    http://cinemarodrigo.blogspot.com.br/

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    1. Tenho minhas dúvidas. Mas somente poderei dizer depois de assistir. É certo que tenho ansiado muitíssimo o filme, por ainda não ter visto uma adaptação cinematográfica à altura. Vejamos como essa será.
      Ok, vou incluir o seu também!

      Até logo.

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  2. Pela participação de Uma Thurman, atriz que amo, queria muito conseguir o filme. Porém, não tenho conseguido achar para baixar.

    abs

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  3. alguem sabe aonde baixar esse filme ou se existe na internet pra baixar? Se souber coloca o link aqui por favor ^^ Desde já agradeço :D

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    1. Deyerson, desculpe a demora infinita para responder, estava fora do ar!
      Eu na verdade assisti pelo Netflix, não sei se ainda está por lá. Você já tentou o thepiratebay?

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  4. Pessoal alguém tem o link desse filme?

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  5. Creio que essa emoção vc deve ter encontrado no musical de 2012.

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